Into the Wild, escrito e dirigido por
Sean Penn, conta a história real de Cristopher McCandless, interpretado por
Emile Hirsch, um jovem que acaba de terminar a faculdade quase sempre com notas 10 e com tudo para ter um futuro brilhante, junta suas economias, algo em torno de U$ 24 mil, doa tudo para caridade, abandona tudo: família, casa, coloca uma mochila nas costas e parte para o Alaska.
Lendo assim, parece até sinopse de filme de "Sessão da Tarde" nas épocas áureas. Pode até ser, mas, de repente, uma Sessão da Tarde, mais, digamos... Encorpada, talvez.
"Ao invés de amor, dinheiro, fé, fama e justiça, dê-me a verdade. "Ao ir pro Alaska, para viver junto à natureza, ele diz que quer reinventar-se através da pureza e negação, longe do mundo material. Tanto que destrói seus documentos e adota até um outro nome: Alexsander Supertramp. E leva além de kits de sobrevivência, alguns livros. Vários poemas, trechos de
Lord Byron,
Henry David Thoureau,
Leo Tolstoi.
"Admitir que a vida é guiada pela razão é destruir a possibilidade de viver."E ainda temos
William Hurt e
Marcia Gay Harden interpretando os pais de Cristopher, e a irmã, interpretada por
Jena Malone, que narra boa parte da história, coloca seu ponto de vista do sumiço do irmão.
Ao longo de sua aventura, ele encontra vários personagens interessantes, como um casal hippie, um agricultor (Vince Vaughn) e até um idoso que quer adotá-lo (Hal Holbrook).
"O presente do mar é o vento forte, e, assim, a chance de sentir-se forte. Agora, ainda não sei muito sobre o mar,só que sei que é do jeito que é. Também sei quão é importante na vida não necessariamente ser forte, mas sentir-se forte, para avaliar-se ao menos uma vez, encontrar-se pelo menos uma vez nas condições de nossos ancestrais, encarando a escuridão e o silêncio sozinho sem nenhuma ajuda além de suas mãos e mente. "E nem precisa comentar da fotografia, das paisagens de um filme que tem como pano de fundo o Alaska. É o típico filme que deve ser assistido no cinema. E, mais uma vez, fica registrada a frustração de quem esperou tanto tempo para assistir via televisão.
"Durante um momento ela redescobriu o propósito da sua vida. Ela esteve aqui na Terra para compreender o significado de seu encantamento selvagem e para tratar as coisas pelo seu verdadeiro nome. Pelo seu verdadeiro nome."E a trilha sonora? Nada menos do que Eddie Vedder! A música que abre e encerra o filme,
Guaranteed, nada se encaixaria melhor do que os dedilhados desta belíssima canção. Ao lado, no item "Lista de Blogs Musicais", há um link que leva ao seu disco no
Blog Supertrama.
"A felicidade só é verdadeira quando é partilhada."Filme realmente fascinante. Realmente dá vontade de colocar uma mochila nas costas e sair pelo mundo.
Vou indo!
"Há um prazer nas florestas desconhecidas,
Um entusiasmo na costa solitária,
Uma sociedade onde ninguém penetra.
Pelo mar profundo e música em seu rugir,
Amo não menos o Homem,
mas mais a Natureza "