quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Clapton is God


Pois é, Claptonmaníacos leitores,
nosso enviado especial e editor-chefe esteve presente ao show da lenda do blues.

Ele realmente ainda não conseguiu descrever o que assistiu naquele 09 de outubro no HSBC Arena: perfeito? Sensacional? Incrível? Inacreditável? Não foi apenas isso.

Foi Eric Clapton!

Devido a uma falha na comunicação perdemos o show de abertura da maior revelação do blues dos últimos anos: Gary Clark Jr. Uma verdadeira pena.

Britânico que é, com atraso de 5 minutos, eis que ele entra empunhando sua Fender Stratocaster abrindo com o clássico de St. Louis Jimmy Oden, Going Down Slow.

Com poucas palavras, Clapton interage pouco com o público. Mas nem precisa. Ele deixa isso para sua guitarra, mostrando que não precisa de grandes efeitos para levar uma plateia ao delírio. Basta a boa música e seus solos.

Por isso, ele segue seu show com Key to the Highway, da época do Derek and the Dominos, e emendou com o maior clássico do blues: Hoochie Coochie Man.

E ele segue com o blues, fazendo sua guitarra chorar em Old Love. Realmente, com seus solos e improvisos da excepcional banda, não é necessário mais nada. O consagrado baterista Steve Gadd, que já tocou com vários medalhões, como: James Taylor, B.B. King, Simon and Garefunkel, Paul McCartney, dentre vários mostrou sua batida literalmente forte, parecendo não querer deixar prato sobre prato. E os improvisos de seus tecladistas, Chris Stainton e Tim Carmon que deixaram os presentes boquiabertos.

Depois dessa pancada blueseira, um momento de descontração, com I Shot the Sheriff. Descontração essa, que durou pouco tempo, pois ele já mandou mais uma sequência daquelas: Driftin' e Nobody Knows When You´re Down and Out.

Em seguida temos Lay Down Sally. Mais um momento para relaxar. Para a execução do seu grande clássico, Layla, Slowhand apresentou a versão de Wynton Marsalis and Eric Clapton play the blues, disco gravado com o brilhante trompetista, que mal chegou às lojas.

Depois disso, um outro clássico: Badge, do The Cream, para deixar o público e nosso editor-chefe de queixos caídos. Em seguida, a balada Wonderful Tonight, para os casais curtirem de rostos colados, e depois ele retoma o blues com Before you accuse me e Little Queen of Spades e Cocaine, que anuncia sua despedida.

Para o bis, tivemos apenas Crossroads, de Robert Johnson.

Claro que, com seus 50 anos de carreira, dá para sentir falta de coisas como Sunshine of you Love, Bell Bottom Blues, Blues Eye Blue, I Feel Free, White Room... Mas o certo é que todos saíram extasiados com aquelas 2 horas do melhor da música, com vontade de ficar para o show extra no dia seguinte.

Inclusive, sua apresentação ajudou a entender o motivo das pichações nos muros de Londres, na época em que ele tocava com John Mayall & The Bluesbrakers.


0 comentários: