sexta-feira, 31 de julho de 2009

Broken Foot


Pois é, caríssimos leitores,
inocentemente tentando ter um momento de descontração, indo assistir ao filme Inimigos Íntimos, o sócio majoritário e principal escritor/colaborador do Blog do Zanota sofreu um pequeno acidente, provavelmente devido à falta de padronização dos meios-fios da esburacada Grande Vitória, algo que volta e meia é motivo de reportagem por parte da imprensa local.

Bem, pelo menos acho que vai haver o lado bom para o nosso guru, neste intervalo de aproximadamente 60 dias em que ele ficará cevando, impossibilitado de por o pé no chão: poderá colocar a leitura em dia, assistir a alguns filmes (em casa, naturalmente), ficar sem aquela obrigatoriedade, aquela preocupação de tomar banho ou fazer barba.

O que desejamos a você, mestre Zanota é uma breve recuperação e que não abandone este brilhante e cultuado meio de comunicação e cultura que tanto admiramos.

Breve regresso.

São os votos de toda a Equipe do Blog do Zanota.

domingo, 19 de julho de 2009

All That Jazz


Caríssimos leitores,
com um tanto de atraso devido a problemas técnicos do computador principal da Equipe do Blog do Zanota, só estamos conseguindo escrever sobre este incrível evento agora.

Enfim, após três anos de tentativas frustradas consegui participar, mesmo que como mero espectador, do Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras.

Devido a proximidade, estando em Macaé, surge a indagação: "Por que não esticar até lá?"

Confesso ter ficado surpreso.

Sempre tive grandes expectativas sobre o festival, e, meu medo era de que, de tão grande que eram, não serem atingidas. Mas na verdade elas foram superadas.

Não só pelas bandas que se apresentaram.

O clima da cidade é incrível. Boa música reinando o tempo todo.

Nem mesmo a forte chuva que veio repentina durante a noite de sexta-feira e ao longo de todo o sábado conseguiu estragar a beleza e harmonia do festival.

A única coisa a lamentar foi não ter participado de todos os dias deste brilhante evento destinado à boa música.

All That Jazz - 11/06/2009

Após a chegada, uma reconhecida pelo terreno.

Uma volta pela orla, o píer, a Praça da Baleia.

Final da tarde e primeira surpresa. Show de uma das bandas mais esperadas por este que vos escreve: Rudder.

Começando pelo cenário: o palco armado ao fim da praia sobre uma pedra. Nunca vi nada igual. Se a maré enchesse mais um pouco estaríamos todos nadando durante o show.

Voltando ao que nos interessa: quarteto de Nova Iorque que faz um som bem fusion, com umas pitadas de progressivo e com incríveis efeitos para o os teclados e sax. Além de uma batida muito forte da bateria, que diga-se de passagem, foi o instrumento que tomou conta do festival. Se Galvão Bueno estivesse por essas bandas, provavelmente diria: "Foi o festival dos bateristas".

Fim da apresentação, foi apenas o tempo de pegar uma das vans da cidade e tomar banho para a programação noturna.

Pequeno atraso. Bom que deu para chegar a tempo da correria entre um show e outro.

Início da noite com o gaitista já razoavelmente conhecido em terras capixabas: Jefferson Gonçalves, que volta e meia toca por essas bandas.

Grande show da noite.

Momentos marcantes do show: pouco depois do início a tal repentina e inesperada forte chuva que veio com tudo pra cima de todos. Após um tempo, foi enfraquecendo e o público voltou a se aproximar do palco.

Ainda bem, pois foi a tempo de poder assistir de perto Jefferson Gonçalves chamar ao palco Michel "Pipoquinha", provavelmente um dos grandes nomes futuramente da música brasileira. Com apenas 13 anos de idade, o pequeno cearense já toca como gente grande, ou melhor do que alguns, até. Tudo isso escondido atrás do baixo. Chegou a fazer um grande grande dueto com a gaita e chamar o guitarrista da banda para um duelo, além de improvisar muito bem e usar técnicas de slap. Mereceu todos os aplausos.

Além de executar a imitação da passagem de um trem com extremo virtuosismo, o que nos dá a impressão de às vezes haver duas ou até três gaitas simultaneamente, ele fez um pequeno tributo ao que ele atribui sua vontade inicial de tocar música: Bob Dylan e sua All Along The Watchtower.

Com o céu enfim completamente estiado foi a vez do quinteto Pau Brasil, provavelmente uma das poucas atrações que tocavam jazz de verdade, no sentido real da palavra.

E, para fechar a noite, uma outra grande atração do festival: Jason Miles apresentando um tributo ao mestre trompetista Miles Davis: Miles to Miles.

All That Jazz - 12/06/2009

Após uma noite em que os bons sons reinaram, mais um dia começa, e com grandes expectativas, afinal, teríamos The Bad Plus com participação de Wendy Lewis.

Eu já conhecia a banda via You Tube. Achei interessante a proposta deles. Uma nova roupagem jazzística de clássicos, como: Tom Sawyer, Comfortably Numb, Paranoid, When the Levee Breaks, Smells Like Teen Spirit.

Tudo isso, entre outros aos quais assisti, eram apenas com instrumental. A participação de Wendy Lewis era justamente para dar voz às versões da banda. Segunda consta em entrevista lida pela Internet afora, o vocal seria algo bem destoante.

Confirmamos isto nas apresentações.

Bem, na verdade não consegui assistir na íntegra, pois ao sair do almoço, um tanto quanto distante da Lagoa, começou a cair uma chuva (que viria a se prolongar durante todo o dia), que nos fez com que ficássemos abrigados em um quiosque da praia.

Chegamos a tempo de assistir a três músicas ainda. Tudo bem, haveria uma outra apresentação no dia seguinte.

De lá para a Praia da Tartaruga, pois haveria outra apresentação de Jason Miles. Isto é, se a chuva permitir, pois ela voltou e com mais força.

Confesso ter chegado a rolar um desânimo para assistir ao show.

Com um grande guarda-sol de plástico quebrado, decidimos encarar e garantir um bom lugar próximo ao palco.

Aí começam as dúvidas: "Qual seria a melhor apresentação do Festival?" Esta do Jason Miles superou em muito a da noite anterior. Mais dançante, mais interativa. Ele agradeceu bastante ao público por estar lá mesmo naquela chuva. Provável motivo do show ter sido encurtado.

Um destaque para o baixista Jerry Brooks, que, diga-se de passagem, um comentário entreouvido durante o show: "Ele parece uma tarântula tocando", tamanha habilidade mostrada. E Miles disse que ele está solteiro e procura por uma namorada. E que o baterista deles, outro que parece um polvo tocando, tem uma relação bem estreita com o Brasil, por ser casado com uma brasileira.

Outro ponto a destacar deste tributo Miles to Miles foi a inovação mostrada com sintetizadores, o DJ e sua pickup de som com skratches.

Mais uma breve corrida para apenas uma troca de roupas, pois logo teríamos Rudder abrindo a noite. Perder? Nem pensar!

Não sei se por já estar um pouco mais familiarizado com o som, mas Rudder surpreendeu outra vez.

Uma apresentação menos experimental do que a da noite anterior. Mais rock 'n' roll, talvez. Um som mais cru e mais pesado. E tudo isso acompanhado pelo ritmo alucinante da bateria de Keith Carlock.

Grande apresentação. E veio a preparar o público para o que viria a ser a melhor noite do festival.

Em seguida tivemos o dinossauro canhoto Coco Montoya. Exímio guitarrista que já tocou no John Mayall´s & the Bluesbrakers (por onde já passou ninguém menos do que Eric Clapton), e também com Albert Collins na década de 80. E seu baterista com aparência de Harrison Ford que parecia um maníaco tocando.

Ou seja, muita bagagem de blues para a noite.

Simpático com o público, usou pouco da velocidade na guitarra e mais do sentimento, o feeling blueseiro, viajou da época dos Bluesbrakers até a lindíssima Good Days, Bad Days.

Realmente fica cada vez mais difícil identificar o melhor show, caros leitores. Eles se renovam.

Simplesmente perfeito.

E para encerrar a noite, após esta sensação de êxtase coletivo, sobe ao palco a Big Time Orchestra. Confesso ter ficado surpreso pela escolha, ainda mais numa noite em que havia um medalhão como o Coco Montoya.

Porém a empolgação e o ritmo frenético da banda não deixou a peteca cair. E também contou com uma participação que foi a sensação do festival: Michel Pipoquinha que foi novamente muito aplaudido e inclusive o baixista da banda foi "ameaçado" de perder o emprego.

Constituída por músicos competentes, quem contém em sua composição um naipe de metais dançarino, que soube divertir muito bem o público da noite. Com clássicos como: The Beatles, Creedence, Led Zeppelin, Stones, e até com uma surpreendente versão abrasileirada para Tu vuò fa L'americano, soube levar bem o show.

Banda tipicamente de formatura, fez uma boa e animada apresentação, porém longa, na modesta opinião desta equipe que vos escreve.

Ainda resta mais um grande dia pela frente.

All That Jazz - 13-14/06/2009

Após um dia e meio de muita água, enfim o sol deu as caras. Bem, nem precisava de sol. Só não chovendo durante os shows já está de muito bom agrado.

Chegando para o show da tarde na Lagoa do Iriry temos a segunda apresentação de Jefferson Gonçalves Blues Band, e como sempre, fantástico.

Mais uma vez nos presenteou com o som do trem. Apesar de desta vez não contar com a presença de Michel Pipoquinha, houve um garoto no palco com uma guitarra de brinquedo tirando a maior onda durante o show. Talvez já estivesse ensaiando para tocar futuramente em Rio das Ostras.

E aquela rotina: sai de um show, pega a van e vai pra outro.

E aquele final de tarde era de Coco Montoya. Chegamos a tempo de ver a passagem de som. Simpático como sempre e conseguiu fazer uma apresentação ainda melhor do que a da noite anterior.

Com maior proximidade do palco, pude constatar quel ele, mesmo sendo canhoto não inverte a posição das cordas. Apenas mais um detalhe de sua genialidade com o instrumento.

Carisma aumentou, conversou mais com a plateia, o seu show foi mais extendido. Chegou até quase 19h.

O show começou com problemas no som, é verdade, mas nada que atrapalhasse sua fantástica apresentação. Ainda mais com um visual daqueles.

Ele disse: "Considero-me abençoado de estar aqui."

Todos nós nos considerávamos.

Fim de apresentação e tivemos que correr, pois o público aumentou, por ser sábado e conseguir uma van para Costazul ficava mais difícil.

Foi a conta de um banho ligeiro, trocar de roupa e ir direto para o palco.

Chegando ao local, foi preciso sentar um pouco, pois acho que a idade não aguenta mais uma maratona dessas de shows, vários dias e o dia todo.

Foi sentado que assisti a apresentação do The Bad Plus com Wendy Lewis. Não sei se o show foi exatamente o mesmo, mas a sensação que tive foi que eles pareciam mais entrosados. A sensação foi de uma audição melhor. A banda parecia mais entrosada. O contrabaixo se sobressaiu mais, o que pareceu mais interessante, mais entoado.

Excelente show para início de noite.

Em seguida tivemos uma outra lenda viva do blues: John Hammond. É verdade, caros leitores. Ele também marcou presença neste festival.

Entretanto, esperava mais do show. Ele usou muito dos clássicos dos blues, mas mesmo assim, acabou ficando um pouco cansativo.

Enquanto isso, durante os intervalos de cada show chega um grupo que entrava com cara de emburrado na tenda. Era Marco Vital comandando a Dixie Square Jazz Band.

Eles chegavam sem cumprimentar ninguém. Carrancudos. Isso até começarem a tocar. Grupo constituído de metais, bandolim e Marco Vital com sua washboard, pratos e tudo mais que poderia fazer barulho pendurado.

Um show à parte.

E para encerrar a última noite do festival tivemos uma das grandes e mais esperadas atrações: Spyro Gyra. grande show, bem dançante. Usaram bem do seu estilo de fundir Jazz, R&B e uma boa pitada Pop.

Com início mais para dançar e usando a segunda metade do show para os clássicos da banda, incluindo Morning Dance, foi aí que , o baterista que fez questão de roubar para si o show, ou por que não dizer, o festival? Ele abusou do direito de fazer isso, com todo o carisma. Só estando lá para entender mesmo. Roubou todos os aplausos .

E no dia seguinte, na Lagoa do Iriry, após o último almoço durante o festival, assistiríamos a mais uma apresentação de John Hammond.

Esta sim, foi digna de um verdadeiro bluesman. Variando entre vários clássicos do blues, com mais energia, interação com o público. Um verdadeiro show. Superou em muito o da noite anterior, a ponto de alguns chamarem de o melhor show do festival.

Não pudemos assistir ao show de encerramento do festival: Spyro Gyra.

O fato foi: após a apresentação de John Hammond, todos ficaram extasiados, boquiabertos. Porém era hora de pegar o busão e voltar para a realidade e ter a certeza (ou pelo menos a vontade) de estar de volta em 2010, no ano da Copa do Mundo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Frase da Semana - 19-25/07/2009

"Depende. Todos são bons pizzaiolos."
Presidente Lula, ao ser questionado sobre argumentos da oposição de que a CPI da PETROBRAS poderia acabar em pizza, temperada com o pré-sal.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Can you show me where it hurts?

Can you show me where it hurts?

There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons

Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Fonte do Saber

Não é à toa que considero a Internet uma das maiores invenções do Homem.

A Biblioteca Britânica disponibilizou todo o seu acervo de livros, jornais, artigos, mapas e tudo mais para consulta.

E quando é dito todo, não é pouca coisa: a segunda maior biblioteca do mundo em nove andares de um edifício do tamanho de quatro campos de futebol.

O que sempre digo: Conhecimento deve ser partilhado. Está aí o maior exemplo disso.

O site que o prestigiado leitor pode buscar esta rica e inesgotável fonte de conhecimento é: www.bl.uk.

O Bom e Velho...

13 de julho de 1985.

Desde que o cantor, compositor e ator Bob Geldof, que atuou em The Wall realizou o Live Aid foi instituído o Dia Internacional do Rock.

Concerto este relizado simultaneamente em cinco países: Inglaterra, EUA, Austrália, Rússia e Japão e reuniu nomes como: Eric Clapton, Ozzy Osbourne, Paul McCartney, Tina Turner.

Sessentão mas com corpinho de trinta, o bom e velho rock 'n' roll resiste e persiste a todos os modismos. Vem uma e vem outra, mas o bom e velho Rock 'n' Roll continua de pé.

É verdade que em termos de qualidade perdemos um tanto.

Elvis, The Beatles, Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Iggy Pop, The Who, U2, The Jesus & Mary Chain, The Smiths, Pixies, Placebo e Casa das Máquinas, apenas para citar alguns pouquíssimos bons representantes deste gênero que continua a fazer história.

Long Life Rock 'n' Roll!

domingo, 12 de julho de 2009

Volta Triunfal


Caros leitores do Blog do Zanota,
é com imensa alegria e satisfação que toda a equipe o retorno após todo esse tempo sem qualquer postagem.

Depois de meses a fio com o computador principal da Equipe em estado vegetativo, esperamos agora estar solucionado.

Muita coisa ocorreu nesse intervalo: Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras (aguardem pela postagem), a repentina morte do Rei do Pop, novo escândalo do Senado, nova prorrogação do IPI, novo patamar da Bolsa de Valores e do mercado de câmbio.

Esperamos nos atualizar o quanto antes, caros leitores.

A todos, o nosso muito obrigado pela paciência e por não desistirem de ler este, que já faz parte da nossa rotina de leitura, o Blog do Zanota.