domingo, 19 de julho de 2009

All That Jazz - 13-14/06/2009

Após um dia e meio de muita água, enfim o sol deu as caras. Bem, nem precisava de sol. Só não chovendo durante os shows já está de muito bom agrado.

Chegando para o show da tarde na Lagoa do Iriry temos a segunda apresentação de Jefferson Gonçalves Blues Band, e como sempre, fantástico.

Mais uma vez nos presenteou com o som do trem. Apesar de desta vez não contar com a presença de Michel Pipoquinha, houve um garoto no palco com uma guitarra de brinquedo tirando a maior onda durante o show. Talvez já estivesse ensaiando para tocar futuramente em Rio das Ostras.

E aquela rotina: sai de um show, pega a van e vai pra outro.

E aquele final de tarde era de Coco Montoya. Chegamos a tempo de ver a passagem de som. Simpático como sempre e conseguiu fazer uma apresentação ainda melhor do que a da noite anterior.

Com maior proximidade do palco, pude constatar quel ele, mesmo sendo canhoto não inverte a posição das cordas. Apenas mais um detalhe de sua genialidade com o instrumento.

Carisma aumentou, conversou mais com a plateia, o seu show foi mais extendido. Chegou até quase 19h.

O show começou com problemas no som, é verdade, mas nada que atrapalhasse sua fantástica apresentação. Ainda mais com um visual daqueles.

Ele disse: "Considero-me abençoado de estar aqui."

Todos nós nos considerávamos.

Fim de apresentação e tivemos que correr, pois o público aumentou, por ser sábado e conseguir uma van para Costazul ficava mais difícil.

Foi a conta de um banho ligeiro, trocar de roupa e ir direto para o palco.

Chegando ao local, foi preciso sentar um pouco, pois acho que a idade não aguenta mais uma maratona dessas de shows, vários dias e o dia todo.

Foi sentado que assisti a apresentação do The Bad Plus com Wendy Lewis. Não sei se o show foi exatamente o mesmo, mas a sensação que tive foi que eles pareciam mais entrosados. A sensação foi de uma audição melhor. A banda parecia mais entrosada. O contrabaixo se sobressaiu mais, o que pareceu mais interessante, mais entoado.

Excelente show para início de noite.

Em seguida tivemos uma outra lenda viva do blues: John Hammond. É verdade, caros leitores. Ele também marcou presença neste festival.

Entretanto, esperava mais do show. Ele usou muito dos clássicos dos blues, mas mesmo assim, acabou ficando um pouco cansativo.

Enquanto isso, durante os intervalos de cada show chega um grupo que entrava com cara de emburrado na tenda. Era Marco Vital comandando a Dixie Square Jazz Band.

Eles chegavam sem cumprimentar ninguém. Carrancudos. Isso até começarem a tocar. Grupo constituído de metais, bandolim e Marco Vital com sua washboard, pratos e tudo mais que poderia fazer barulho pendurado.

Um show à parte.

E para encerrar a última noite do festival tivemos uma das grandes e mais esperadas atrações: Spyro Gyra. grande show, bem dançante. Usaram bem do seu estilo de fundir Jazz, R&B e uma boa pitada Pop.

Com início mais para dançar e usando a segunda metade do show para os clássicos da banda, incluindo Morning Dance, foi aí que , o baterista que fez questão de roubar para si o show, ou por que não dizer, o festival? Ele abusou do direito de fazer isso, com todo o carisma. Só estando lá para entender mesmo. Roubou todos os aplausos .

E no dia seguinte, na Lagoa do Iriry, após o último almoço durante o festival, assistiríamos a mais uma apresentação de John Hammond.

Esta sim, foi digna de um verdadeiro bluesman. Variando entre vários clássicos do blues, com mais energia, interação com o público. Um verdadeiro show. Superou em muito o da noite anterior, a ponto de alguns chamarem de o melhor show do festival.

Não pudemos assistir ao show de encerramento do festival: Spyro Gyra.

O fato foi: após a apresentação de John Hammond, todos ficaram extasiados, boquiabertos. Porém era hora de pegar o busão e voltar para a realidade e ter a certeza (ou pelo menos a vontade) de estar de volta em 2010, no ano da Copa do Mundo.

3 comentários:

Rafael Colnago disse...

kanter2010 já está fechado!!!!

Anônimo disse...

Mestre!

Parabéns pelo textos. Estou sempre acompanhando.

Neste não não deu pra ir. O do ano passado eu fui e foi fantástico também.

Bandas como Bonerama e The Bad Plus eu conheci graças a esse festival.

Thiago,
sub-mestre.

Mari disse...

Mto bom os comentários Zanotelli, realmente essa foi a sensação do festival, nem a chuva, nem a espera das vans, nem um quarto q já possuia morador rsrs,nada estragou o clima do lugar. Excelente música, lugar e pessoas.