domingo, 19 de julho de 2009

All That Jazz - 12/06/2009

Após uma noite em que os bons sons reinaram, mais um dia começa, e com grandes expectativas, afinal, teríamos The Bad Plus com participação de Wendy Lewis.

Eu já conhecia a banda via You Tube. Achei interessante a proposta deles. Uma nova roupagem jazzística de clássicos, como: Tom Sawyer, Comfortably Numb, Paranoid, When the Levee Breaks, Smells Like Teen Spirit.

Tudo isso, entre outros aos quais assisti, eram apenas com instrumental. A participação de Wendy Lewis era justamente para dar voz às versões da banda. Segunda consta em entrevista lida pela Internet afora, o vocal seria algo bem destoante.

Confirmamos isto nas apresentações.

Bem, na verdade não consegui assistir na íntegra, pois ao sair do almoço, um tanto quanto distante da Lagoa, começou a cair uma chuva (que viria a se prolongar durante todo o dia), que nos fez com que ficássemos abrigados em um quiosque da praia.

Chegamos a tempo de assistir a três músicas ainda. Tudo bem, haveria uma outra apresentação no dia seguinte.

De lá para a Praia da Tartaruga, pois haveria outra apresentação de Jason Miles. Isto é, se a chuva permitir, pois ela voltou e com mais força.

Confesso ter chegado a rolar um desânimo para assistir ao show.

Com um grande guarda-sol de plástico quebrado, decidimos encarar e garantir um bom lugar próximo ao palco.

Aí começam as dúvidas: "Qual seria a melhor apresentação do Festival?" Esta do Jason Miles superou em muito a da noite anterior. Mais dançante, mais interativa. Ele agradeceu bastante ao público por estar lá mesmo naquela chuva. Provável motivo do show ter sido encurtado.

Um destaque para o baixista Jerry Brooks, que, diga-se de passagem, um comentário entreouvido durante o show: "Ele parece uma tarântula tocando", tamanha habilidade mostrada. E Miles disse que ele está solteiro e procura por uma namorada. E que o baterista deles, outro que parece um polvo tocando, tem uma relação bem estreita com o Brasil, por ser casado com uma brasileira.

Outro ponto a destacar deste tributo Miles to Miles foi a inovação mostrada com sintetizadores, o DJ e sua pickup de som com skratches.

Mais uma breve corrida para apenas uma troca de roupas, pois logo teríamos Rudder abrindo a noite. Perder? Nem pensar!

Não sei se por já estar um pouco mais familiarizado com o som, mas Rudder surpreendeu outra vez.

Uma apresentação menos experimental do que a da noite anterior. Mais rock 'n' roll, talvez. Um som mais cru e mais pesado. E tudo isso acompanhado pelo ritmo alucinante da bateria de Keith Carlock.

Grande apresentação. E veio a preparar o público para o que viria a ser a melhor noite do festival.

Em seguida tivemos o dinossauro canhoto Coco Montoya. Exímio guitarrista que já tocou no John Mayall´s & the Bluesbrakers (por onde já passou ninguém menos do que Eric Clapton), e também com Albert Collins na década de 80. E seu baterista com aparência de Harrison Ford que parecia um maníaco tocando.

Ou seja, muita bagagem de blues para a noite.

Simpático com o público, usou pouco da velocidade na guitarra e mais do sentimento, o feeling blueseiro, viajou da época dos Bluesbrakers até a lindíssima Good Days, Bad Days.

Realmente fica cada vez mais difícil identificar o melhor show, caros leitores. Eles se renovam.

Simplesmente perfeito.

E para encerrar a noite, após esta sensação de êxtase coletivo, sobe ao palco a Big Time Orchestra. Confesso ter ficado surpreso pela escolha, ainda mais numa noite em que havia um medalhão como o Coco Montoya.

Porém a empolgação e o ritmo frenético da banda não deixou a peteca cair. E também contou com uma participação que foi a sensação do festival: Michel Pipoquinha que foi novamente muito aplaudido e inclusive o baixista da banda foi "ameaçado" de perder o emprego.

Constituída por músicos competentes, quem contém em sua composição um naipe de metais dançarino, que soube divertir muito bem o público da noite. Com clássicos como: The Beatles, Creedence, Led Zeppelin, Stones, e até com uma surpreendente versão abrasileirada para Tu vuò fa L'americano, soube levar bem o show.

Banda tipicamente de formatura, fez uma boa e animada apresentação, porém longa, na modesta opinião desta equipe que vos escreve.

Ainda resta mais um grande dia pela frente.

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