quarta-feira, 22 de abril de 2009

Grandes Obras aos 33 - V


Agora que reparei que não coloquei nada relativo à Séria Série das Grandes Obras de 76.

Na verdade, quase não escrevi nada este mês.

Será nova crise acertando em cheio o Blog do Zanota?

Vamos então escrever sobre um grande disco de uma banda e tanto: Made in Europe, do Deep Purple.

Gravado em 75, durante a turnê de Stormbringer, já na formação conhecida como Mark III, com David Coverdale substituindo Ian Gillan (tarefa nada fácil), o genial Ritchie Blackmore, Jon Lord, Glenn Hughes e Ian Paice.

É verdade. Não escondo de ninguém a minha preferência pela voz de Gillan. Mas Coverdale também fez sempre um ótimo trabalho, com grande brilhantismo por onde passou.

Lançado originalmente com apenas cinco faixas, o disco já abre com um "pequeno confronto" entre Paice e Blackmore, quando Coverdale anuncia: "Rock 'n' roll". É a deixa para iniciar Burn! Realmente incendiou tudo!

"You know we had no time,
We could not even try.
You know we had no time."


Em seguida temos Mistreated. Um blues com um peso incrível com pouco mais de onze minutos. Poucas vezes conseguimos ouvir um blues assim. Pesado sem perder sua beleza peculiar. Uma voz que parece querer rasgar, se libertar de algo, enquanto que um riff extraordinário tenta auxiliar nessa árdua função. Difícil de explicar.

"I've been mistreated, Ive been abused.
I've been struck downhearted, baby, Ive been confused
cause I know, yes, I know Ive been mistreated.
Since my baby left me Ive been losing my mind, you know I have."


O disco segue com Lady Double Dealer. Uma lição à parte de Ian Paice de como se fazer algo simples e eficiente.

"I wanna be there
To try to make you see
There ain't no woman gonna make a fool outta me
."

Depois temos o anúncio de You Fool No One. Abrindo com um show único de Jon Lord seguido de um dedilhado incrível de Blackmore que parece querer brincar com a plateia. Até que eles param e vem Paice fazendo seu habitual trabalho que deixa em dúvida se seria mesmo apenas um que esteja tocando a bateria. Uma das melhores do disco, com mais de dezesseis minutos. Afinal, o solo que Blackmore executa durante a música, um pequeno blues de deixar qualquer um durante o show perplexo! Assim como o solo de Ian Paice, que é para ficar boquiaberto.

"Soon you will fall, making mistakes like before.
When you tell me lies I can see by the look in your eyes.
If you think youre gonna take me for granted,
Chasin' round with all you see,
Gonna make you live to regret it."


Infelizmente, para fechar o disco (infelizmente por ser a última), vem Stormbringer, que ao ser anunciada com um provoca uma catarse geral. Perfeita em todo o seu conjunto, realmente deixou o público e quem ouve hoje em casa com vontade de acrescentar mais faixas ao disco.

Aqui o nobilíssimo leitor pode encontrar o arquivo torrent para o disco.

Stormbringer

(Blackmore/Coverdale)

Comin out of nowhere
Drivin like rain
Stormbringer dance
On the thunder again
Dark cloud gathering
Breaking the day
No point running
cause its coming your way

Ride the rainbow
Crack the sky
Stormbringer coming
Time to die
Got to keep running
Stormbringer coming
Hes got nothing you need
Hes gonna make you bleed

Rainbow shaker
On a stallion twister
Bareback rider
On the eye of the sky
Stormbringer coming down
Meaning to stay
Thunder and lightning
Heading your way

Ride the rainbow
Crack the sky
Stormbringer coming
Time to die
Got to keep running
Stormbringer coming
Hes got nothing you need
Hes gonna make you bleed

Coming out of nowhere
Drivin like a-rain
Stormbringer dance
On the thunder again
Dark cloud gathering
Breaking the day
No point running
cause its coming your way

2 comentários:

Thiagolino RM disse...

Mestre-mor,

escreva sobre o Herbie Hancock aí pra gente! O cara manda muito dez... sagaz, como diria o tartaruga no Nemo.

Rio das Ostras em junho vai arrebentar. Vê se não perde dessa vez...

Abração,
Thiago Rasseli, semi-mestre.

Ricardo Lucon disse...

Parabéns pelo belo post, meu caro Zanota! Como fanático por DP, adoro esse play, é um dos melhores entre a grande quantidade de discos ao vivo que o Purple tem.
E gostei da ênfase que você deu para You Fool No One. Para mim, essa é a melhor versão ao vivo dela, não sei se por razões de mixagem, o baixão Rickenbacker do Hughes está chapado na cara... aliás, Hughes é um de meus heróis do rock and roll, sou fã do cara.
Discaço, excelente e contagiante.
Abraço, camarada!