sexta-feira, 11 de junho de 2010

Boa Sorte, Nobres Brasileiros Guerreiros


Em defesa de nossa pátria, bravos homens, destemidos guerreiros, atravessaram o oceano para lutar contra os inimigos de nossa pátria. Verdadeiros herois (ou heróis, por enquanto) arriscam suas vidas em terra estrangeira.

Em casa, deixam suas famílias, suas fortunas, suas férias. Mas, por que fazem isso? Altruísmo? Amor à pátria? Desejo de dar uma gota de felicidade ao povo brasileiro tão gentil e tão sofrido?

Alguns incrédulos poderiam ter respostas absurdas como, por exemplo, mais dinheiro na conta bancária. Ou então, desejo de marcarem seus nomes na história. Outra resposta nessa linha: o simples prazer de jogar futebol.

Essa ideia - simples prazer de jogar futebol - é interessante. Afinal, não há riscos em jogar futebol. Não é uma guerra. Os guerreiros não morrem, não são torturados, nem sequer presos. Enfim, nessa situação, defender a pátria é moleza, não há o que perder.

Como exemplo, lembremos da fracassada seleção de 2006, que foi derrotada pela França. O que os guerreiros perderam? Minha opinião: nada. O treinador, incompreensivelmente, ainda é considerado um dos melhores do mundo. Quem tinha que se aposentar, se aposentou. Quem não teve sua imagem maculada naquela seleção está tendo uma segunda chance.

Tempos depois da derrota, vieram as declarações sobre as falhas da preparação, sobre os guerreiros gordos, sobre a falta de comando. Naquele momento, esclareceu-se quem perdeu - os tontos que imaginavam estar torcendo por defensores da pátria.

Daqui a quatro anos, a mesma pergunta poderá ser feita: quem perdeu com aquela seleção de 2010? Porque alguém perderá, mas, independentemente do resultado, não serão nossos guerreiros.

Começou mais uma copa do mundo (de futebol). Nada mais.

1 comentários:

Leão da Montanha disse...

Belo Post, caro timoneiro do blog do Zanota.